terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Síndrome da Idiotice Adquirida

Hoje, 1º de dezembro, dia de combate mundial contra a AIDS. Mais do que conscientizar as pessoas sobre prevenção, mas sobre o preconceito também. No Brasil, nao se utiliza a sigla SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, por ter uma sonoridade idêntica a de Cida (redução do nome Aparecida). E não pegaria bem usar um nome tão comum para designar essa doença. Mas aos preconceituosos, que são vários espalhados pelo mundo, eu os diagnostico (mesmo sem o diploma de médico, rs) com a Síndrome da Idiotice Adquirida. SIDA também. Olha aí. Que coincidência, rs.


Acho que uma pessoa portadora do vírus HIV tem as mesmas capacidades e potencialidades de uma pessoa que não tenha. Por sinal, está sendo veiculado nas emissoras de televisão, uma campanha do Ministerio da Saúde com o tema: Viver com AIDS é possível. Com preconceito não. Um casal de jovens se beijam ("calientemente", até diria) durante toda a propaganda enquanto aparecem mensagens como " Ele tem HIV desde 2005", "Ela sabe", "Ele continua com HIV", "Ela sem". Muito bonito. Se eu achasse no YouTube postaria aqui, mas não consegui encontrar.
Para mim, todo preconceito não tem fundamento. Não se contrai o HIV cumprimentando, beijando ou abraçando uma pessoa. E como os preconceituosos são ignorantes por natureza, não devam saber dessa informação, obviamente. Uma pesquisa divulgada hoje pela Fundação Oswaldo Cruz mostra que: 65% dos pacientes com Aids em tratamento consideram sua saúde como boa ou ótima. No entanto, 33% dos pesquisados afirmaram ter tristeza ou depressão em grau intenso ou muito intenso. 47% disseram sentir preocupação ou ansiedade em grau intenso ou muito intenso. As pessoas com Aids também se consideram com melhores condições de saúde do que os pacientes com outras doenças crônicas ou de longa duração: 27% classificam a própria saúde como boa ou ótima.




Isso é bom. Mas para mim (ou para grande maioria) os 33% da pesquisa não me deixaram totalmente satisfeito. Tenho quase a certeza de que um dos fatores para a depressão, preocupação ou ansiedade seja pelo fato da ignorância do preconceito. Uma pessoa aidética sofre até no bolso. Uma piora nas condições financeiras. Que é isso, gente? Quer dizer que para ter um emprego ou ganhar um bom salário não precisa ter AIDS? Faça-me o favor. Ter a doença não diminui ninguém em nada. É por essas e outras (muitas outras) que tenho vergonha da minha espécie. Mas fico feliz em saber que grande parte das pessoas contaminadas pelo HIV possam levar uma qualidade de vida saudável, sem problemas. Que isso sirva de exemplo e motivação para as demais. Espero que esse quadro se reverta mais adiante, na esperança de dias melhores e sem preconceito. Não só contra quem está contaminado, mas qualquer forma de preconceito tem que ser abolida. Também tenho esperança de que um dia teremos a cura para essa doença. Um dia...quem sabe.


Agora, cumprindo o papel social. Faça sexo seguro! Use camisinha! rs
Até a próxima.

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