quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O verdadeiro sentido do Natal

Estamos em mais um Natal. Hoje, dia 24, não sei se estou certo, mas muitas famílias devem estar festejando em suas casas, conversando, brincando, rindo, comendo diante de uma mesa farta e promovendo o capitalismo, com distribuição de presentes e iludindo as crianças com histórias de Papai Noel. Sei lá, as vezes penso se essa história de fazer as crianças acreditarem no bom velhinho seja prejudicial ou não. Primeiro: quando essa criança ficar sabendo de não existência, talvez ela fique triste, deprimida, ou não acontecerá nada mesmo, quem sabe. Comigo foi assim. Encarei normalmente, rs. Segundo: para ganhar presentes (na verdade é para contribuir com o capitalismo) a criança terá que se comportar durante o ano inteiro. Quer dizer que para ser boa pessoa nesse mundo terá que receber algo (material) em troca? Se fosse assim hoje em dia...estaríamos em um planeta melhor. É ruim, hein?!

Isso é meio que relativo. Depende de cada indivíduo. Ela tem dois caminhos a seguir. Ser uma boa ou má pessoa na sociedade. E nessa escolha, ela tem pleno conhecimento de que seguir o bem, vai receber o bem. E se seguir o mal, vai arcar com seus atos com a sociedade e quando partir dessa para melhor, o Todo-Poderoso vai dar um jeito. Então acho que não se deveria oferecer presentes para crianças só para que ela seja uma boa criança. Os pais que aprendam a educar seu filho (a) para o bem. Presentes, só no aniversário está bom.

Particularmente, ganho presente de aniversário e de Natal também. Mas presente esse de Natal, é porque eu realmente preciso. Roupas por exemplo. Preciso renovar meu guarda-roupa, rs. Sempre ganho no início do mês de Dezembro, e me dão como se fossem de Natal, e olha que nem é perto da data. Mas não porque eu me comportei o ano inteiro, não sou santo, e se faço o bem é de coração. Não quero receber algo material em troca. Quero receber algo no sentido "espiritual" da palavra. É fazendo o bem que se colhe o bem.

O verdadeiro sentido do Natal aos poucos vai sumindo, mas resistindo, durante os anos. A coisa ficou tão descontrolada, de certo modo, que hoje em dia, celebrar essa data se resume apenas em presentes. Esquecem do aniversário "daquele", que sem ele, não seríamos nada. Então, acho que se começarmos a dar o real valor, as pessoas se renovarão. Em todos os sentidos. Presente? Só se for para o real aniversariante. Parabéns!!

Gostaria de desejar meus sinceros votos de Feliz Natal a todos que leem a este humilde blog. Que tenham muita saúde, paz e felicidade. Renovem-se! Abraço a todos.

sábado, 19 de dezembro de 2009

"Ônibusterapia"

Um dos maiores prazeres da minha vida é andar de ônibus pela cidade. Não só pelo papel que cumpro de busólogo, mas como pessoa também. Geralmente, quando estou sem nada para fazer em casa, resolvo me arrumar e partir para a parada de ônibus. Durante o trajeto até o ponto, penso em qual será o itinerário daquele dia. Começo por qual rota? Qual terminal deverei seguir? Entre várias outras perguntas.

Dentro do ônibus, começo a escutar meu mp4, e pensar na vida. Quando estou sem a companhia de meus amigos, eu tento me isolar de tudo e de todos, que nem os monges faziam na idade média. Eles se isolavam em mosteiros e meditavam, para a busca interior. Digamos que o ônibus é o meu "mosteiro", rs. Não ligo para trânsito, atrasos, nada, nada. Quero ficar na minha.


Faço várias reflexões a cerca de tudo que ronda a minha vida. Tento encontrar respostas para as dúvidas. E também me deparo com dúvidas nas respostas. Parece um ciclo interminável. Tento organizar o que está bagunçado, penso como será meu futuro, penso também se poderei chegar são e salvo no próximo terminal. Sim, me preocupo com a violência. Já levaram meu celular e meu relógio quando estava em uma parada. Foi o primeiro assalto que sofri. Mas isso não me abalou. Ainda continuo a andar de ônibus, apesar de que me falaram que só iria parar com essa mania quando eu fosse assaltado, muito pelo contrário. Sempre carrego otimismo e bons pensamentos comigo. Acredito que com isso, espantará os "maus espíritos", e poderei ter uma boa viagem.

Muitos devem pensar que isso é coisa de desocupado que não tem o que fazer. Mas realmente, eu só ando de ônibus quando não tenho NADA para fazer (fora os compromissos). Então por um lado é verdade, rs. No mais, para mim, andar de ônibus, pensar e organizar sua vida é uma espécie de "terapia". Além de conhecer a cidade, é barato também (pelo menos para quem tem direito a meia passagem). Com R$1,80 você pode conhecer a cidade inteira andando de Grande Circular. Contanto que você o pegue em um horário que não seja o de pico, tá de bom tamanho, rs.

Abraço a todos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Compra de horários na televisão

Hoje em dia, quando alguém está assistindo televisão, é muito fácil se deparar com programas religiosos, em sua maioria pentecostais, nas emissoras de televisão. É Igreja disso, igreja daquilo, e por aí vai.

Sou totalmente contra a venda de horários nas emissoras de televisão. Seja para igrejas, empresas de vendas, joguinhos patéticos de azar (aquele que você liga e "torra" a sua conta telefônica em perguntas bobas) entre outros do gênero.

Eu parto do seguinte pressuposto: Quando alguém deseja ter uma emissora de televisão, a mesma deverá adquirir uma concessão do governo federal para poder iniciar suas operações. Andei pesquisando a respeito na internet e para que se ganhe uma concessão, a empresa (ou empresário) deve ter no minímo 70% do capital nas mãos de acionistas brasileiros e respeitar o limite de controle de até dez estações em todo o país, sendo no máximo duas por estado e cinco em VHF (não entram na conta as retransmissoras). Aí uma comissão do Ministério das Comunicações ( a parte mais interessante para mim) analisa sua proposta de programação e sua condição técnica e financeira, dando pontos em diferentes quesitos. Quem tiver a melhor média de pontos fica com a concessão, ganhando o direito de explorar determinado canal por um período pré-definido e, ao final dele, passa por uma nova análise.


Já que o Ministério das Comunicações analisa a proposta de programação da emissora, ou seja, se eu quero que minha emissora tenha uma programação voltada para cultura, entretenimento, notícias e esporte, essa comissão analisará a linha de programação que propus e se os outros requisitos forem cumpridos, terei a concessão.

Mas se eu apresentasse a seguinte proposta: Vender boa parte do horário de programação para igrejas e canais de vendas. Caso os demais requisitos também sejam cumpridos, quem sabe eu iniciava as operações de minha emissora.

Acho que, por exemplo, uma igreja queira ter espaço na televisão, que vá ao Ministério das Comunicações pedir uma concessão para ela exibir seus programas. Já que a concessão é cedida pelo governo, as emissoras detentoras não deveriam vender horários. Fica uma coisa meio que ditatorial. O telespectador pretende assistir algum programa em uma determinada emissora e quando ele sintoniza o canal se depara com uma programação religiosa ou de vendas, em que ele se sente "forçado" a dar audiência naquilo para não perder o programa que vem a seguir.

No caso das Igrejas Pentecostais, com certeza, boa parte delas teria condições para ganhar uma concessão. Volto a frisar. Para mim, algumas (eu falei ALGUMAS) dessas igrejas são verdadeiros "bancos" (leia-se IURD), que utilizam a palavra de Deus como fachada para realizar suas transições financeiras.
Então já cumpririam fácil, fácil, uma das exigências: "[...] condição técnica e financeira [...]". Então seria melhor que procurassem adquirir logo seu aval para autorização de uma emissora do que comprar horários (tem igreja que tem 23 horas de programação comprados!).

Não estou demonstrando nenhuma forma de preconceito contra evangélicos. Apenas expressei minha opinião.

Abraço a todos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

S.O.S Saúde

Na semana passada, meu avô sofreu um acidente de trânsito que resultou em uma perna quebrada e vários arranhões. Até hoje ele se encontra no hospital (IJF). Já foi colocado um pino externo em sua perna, mas ainda restam duas cirurgias: Uma para tirar o pino e outra para enxertar o calcanhar. Depois disso, evidentemente, ele terá que fazer fisioterapia. Mas a preocupação por enquanto é com as próximas cirurgias. No último domingo fui visitá-lo. Muitas pessoas na fila para visitação. Fui acompanhado de meu pai e meu irmão. Só poderia entrar duas pessoas na sala de recuperação. Como eramos três, tive que ficar esperando. Quando meu irmão saiu do quarto, chegou minha vez. Vi meu avô, deitado em uma cama com um colchão quase que afundando. Perguntei se estava tudo bem, se o pino incomodava e tal. Havia mais cinco pessoas ali dentro. Dois "elementos", um senhor com o braço amputado, outro com fraldas e uma faixa na coxa (provavelmente deve ter fraturado o fêmur) e outro rapaz que também estava com pino externo na perna esquerda. Só de me lembrar dá uma sensação de gastura. O quarto estava fétido. Era um cheiro nada agradável. Parecia uma mistura de sangue, fezes, urina e remédio. De repente, comecei a ficar tonto. Apoiei-me nos ombros de minha avó e disse que estava ficando um pouco zonzo. Saí do quarto, sentei-me do lado de fora e esperei a tontura passar. Foi o odor.

Dava pena em entrar naquela sala (se é que pode dizer) de recuperação. E imaginar que eu também passei pela mesma situação de meu avô. Era 20 de junho de 2008, sexta-feira. Minha aula havia acabado mais cedo. E fiquei em um banco, no corredor do colégio, conversando com meus amigos. Quando um deles chega com a mão cheia de balas. Dava-se início a um "bambolim". Enquanto nos divertíamos, surge outras pessoas que não tem nada a ver com a história e participam também. O bombom é jogado. Eu pulo para tentar pegar. A bala escorrega da minha mão. Quando vou pegá-lo no piso, me empurram e caio. Assim que abro os olhos, me levanto imediatamente. Passo a língua entre os dentes e consto que havia um quebrado. E quando olho para baixo, vejo meu braço direito deslocado. Começa a maratona do sofrimento. Seguro meu punho direito e vou para a sala da direção. A coordenadora me levou para o mesmo hospital (IJF) em seu carro. Meu pai imediatamente foi para lá. Me encontrou em uma cadeira de rodas, sofrendo com muita dor, com fome e sede. Não havia uma cirurgia lá para o meu caso. Foi feito um pedido de transferência. E na fila, um garoto de Aquiraz que havia quebrado em três partes seu antebraço. E desde o dia anterior ele esperava a transferência. Eu e meu pai tememos que acontecesse o mesmo. Mas por sorte, minha transferência foi feita na mesma hora do garoto. Graças a Deus.

Fui para o outro hospital na esperança de que fosse feita o mais rápido possível a minha cirurgia. Mas fomos informados de que não eram realizados tais procedimentos no final de semana. Fui para a sala de recuperação daquele hospital. Eram eu e mais cinco pessoas. Mais uma vez, por sorte, minha mãe conhecia uma das diretoras, que entrou em contato com ela. Fui transferido daquele quarto para outro, somente com uma pessoa, com ar-condicionado, frigobar, televisão, ventilador. Eu estava no "setor particular". Sábado e domingo se passaram. Sendo que domingo a noite fui informado de que minha cirurgia seria na segunda pela manhã. Ainda bem (ou não). Comecei o jejum naquela noite. Na manhã seguinte, o doutor passa em minha sala as 08:00 dizendo que estava esperando o anestesista e que logo seria minha vez. Deu 09:00, 10:00, 11:00, 12:00, quando as 16:00, já morrendo de fome e de sede, fui para a sala de cirurgia. Só me lembro que colocaram uma agulha em minha veia no braço esquerdo, olhei para um relógio e dormi. Eram 16:10. Acordei com a vista completamente embaçada. Ouvia vozes. E uma pessoa me empurrando pela maca. Pensei: Graças a Deus acabou. Foi colocado uma platina e seis parafusos. Estou até hoje com essa platina no braço. Não desejo fazer outra cirurgia tão cedo. Mas ainda tinha que enfrentar outra etapa. Suportar mais duas horas sem comer. Chamava por meu pai o tempo todo, queria comer algo. Ele dizia que não era a hora. Que eu tivesse que aguentar até chegar o momento. Chorei, mas resisti. Quando deu 21:30, abri os olhos e meu pai me deu a janta. Era uma coxinha de frango, que já estava fria, e água mineral. Garanto que foi uma das melhores refeições que já comi na vida. Já eram quase 24 horas sem comer. Senti na pele o que uma pessoa passa quando está com fome. No outro dia, recebi alta. Quinze dias depois, retirei os pontos. Comecei a fisioterapia logo depois. Sofri na primeira semana. Doía muito. Afinal, não movimentava meu braço direito havia mais de um mês. Havia muita senhoras, que vinham me consolar. Diziam que eu me recuperaria, que elas também passaram por isso e tal. Na semana seguinte, não sentia mais dor. Comecei a mexer o braço, mas não o punho. A doutora ficou preocupada. E lá fui eu enfrentar mais uma batalha. Quando por volta do mês de Novembro, consegui levantar minha mão. Foi uma felicidade. Permaneci na fisioterapia até Janeiro desse ano.

De certa forma, pude participar do dia-a-dia daquela profissional que me ajudou na recuperação de meu braço. Não irei revelar o nome mas agradeço de todo o coração. Como dito, diariamente convivi naquela instituição. Não era particular. Sobrevivia de doações e de recursos do SUS. Mas se tratando do SUS, não se pode esperar um serviço de qualidade. Não estou querendo dizer que meu tratamento foi em vão. Talvez seria, se não fosse pela dedicação e competência de minha fisioterapeuta. Havia dias que ela reclamava de aparelhos que não funcionavam e que precisavam de manutenção. Mas nunca consertavam. A sala de fisioterapia era no andar superior. O sol batia bem nessa sala. O calor era mais outra reclamação. Nem os ventiladores davam conta. E reclamava, também, de seu pagamento. Não sei como está a situação agora, mas durante esse tempo em que estive na fisioterapia, era "o negócio era meio complicado. E do que falar do IJF então. O maior hospital de urgência do estado. Recebe pacientes de todos os lugares. Interiorenses é o que não falta. A situação lá é triste. Parabéns para aqueles que trabalham ali dentro e agem se não havesse nada de estranho ali. Claro, já como trabalham lá, é rotina. Mas se alguém, que não entrou naquele hospital, conhecer a realidade, talvez teria vontade de chorar. Recentemente houve uma greve por lá. Prejudicou vários e vários pacientes ali dentro. Esse governo incompetente que não destina recursos para a saúde não merece nosso respeito. A cada dia que passa, mais cidadões morrem nos corredores. É preciso que reverta esse quadro. A saúde no Brasil (e aqui também) está agonizando.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

No Brasil, será que a vida é mesmo bonita?

Em meio a tanta corrupção, violência, tráfico, desemprego, falta de educação, saneamento, saúde, segurança e vários outros quesitos, ando pensando em como essa vida (principalmente no Brasil) é medíocre. As vezes chego a conclusão de que não vale a pena viver (não estou querendo falar em suicídio). Mas sempre se pode dar um jeito para tudo. Não sou pessimista, muito pelo contrário. Sou realista.

Se você ligar sua televisão em qualquer noticiário, nas primeiras manchetes (policiais), quando pôr a mão na tela, gotas de sangue irão cair de seus dedos. Se estiver sendo veiculado uma reportagem sobre política, ponha a mão no visor e sairá lama, muita lama, ou talvez, uma pizza. Veja só! Que ótimo! A janta está garantida, rs.

Deposito muita pouca fé no futuro. Tanto é que não quero ter filhos. Não quero ver um filho meu em meio a um mundo sangrento, mais quente, mais corrupto, mais desigual e mais desumano. A hora de reverter toda essa situação é AGORA. Vem aí mais uma conferência sobre o clima, dessa vez em Copenhague. Espero que sejam adotadas medidas favoráveis para a diminuição do aquecimento global. Vem aí mais uma eleição. Espero que saibam escolher o CERTO candidato. Mas se tratando de política...só com milagre. Também fico na expectativa de leis mais severas no código penal. Para acabar de vez com a impunidade. É um dos fatores desse crescimento absurdo da violência nesse país. Urgentemente, esse quadro tem que se reverter.

Tudo o que está acontecendo agora no Brasil me faz lembrar de duas musiquinhas: "O que é, o que é?" e "Sou brasileiro", aquela do: "Eu, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".

Letra: O que é, o que é? - Gonzaguinha

Eu fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida! É bonita e é bonita!
Viver e não ter a vergonha de ser feliz,
Cantar,
A beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será,
Mas isso não impede que eu repita:
É bonita, é bonita e é bonita!
E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão?
Ela é a batida de um coração?
Ela é uma doce ilusão?
Mas e a vida? Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é, meu irmão?
Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo,
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo,
Há quem fale que é um divino mistério profundo,
É o sopro do criador numa atitude repleta de amor.
Você diz que é luta e prazer,
Ele diz que a vida é viver,
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é, e o verbo é sofrer.
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé,
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser,
Sempre desejada por mais que esteja errada,
Ninguém quer a morte, só saúde e sorte,
E a pergunta roda, e a cabeça agita.
Fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida! É bonita e é bonita!
É a vida! É bonita e é bonita!

Letra: Sou Brasileiro - Banda Bicho do Mato

Eu sou soteropolitano da gema
Sou brasileiro, que emoção!
A Paraíba é o meu coração
Pernambuco é a minha paixão

No Ceará já passei por lá
O meu sertão foi que me fez cantar

Em alagoas não tem brincadeira
Avisa a Sergipe que eu tô mandando madeira

Em Alagoas não tem brincadeira
Avisa a Sergipe que eu tô mandando madeira

Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor...
Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor...

Quem ta feliz grita...
Quem ta feliz grita...
Quem ta feliz grita ah ah ah ah ah

Na minha opinião, nos dias atuais, não faz sentido executar essas músicas. Do jeito que está, ler ou ouvi-las, nos levam a acreditar em uma hipocrisia e falso otimismo, que não corresponde a realidade de hoje. Na música de Gonzaguinha, um questionário é feito para quem a ouve. Irei responder no meu ponto de vista:

"E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão?
Ela é a batida de um coração?
Ela é uma doce ilusão?
Mas e a vida? Ela é maravilha ou sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?"

-Uma tristeza
-Não. Se fosse teria parado de bater há muito tempo.
-Não. Uma amarga realidade.
-Alternativa nº 2
-Preciso responder?

A letra também diz que "[...] não devemos ter vergonha de ser feliz". O que acontece é que ninguém tem vergonha. Mas muito medo. Outro trecho: "Que a vida devia ser bem melhor e será". Falou quase tudo. Deveria e deve ser.

Já a letra "Sou Brasileiro" consegue ser pior do que essa. O refrão "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" é a coisa mais mentirosa que já ouvi. Quem é que vai ter orgulho com tanta roubalheira em Brasília? Com tanto tiroteio e comercialização de drogas no Rio? Com tanta gente desempregada? Com tantas crianças fora da escola? Com vários outros fatores que, se listá-los aqui, me daria calos nos dedos? Veja como nos vêem no exterior. Que diga Robin Williams. Não achei a piada dele de mau gosto e nem achei engraçada, acho que reflete a realidade do país. Reforço que não sou pessimista, mas como todo brasileiro, apesar de minha pouca fé, ainda resta esperanças de dias melhores para nossa pátria. Afinal, ela é a última que morre.

Até a próxima.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Uma voz que se calou

Em minha casa, todos sabem que gosto de televisão. Assim que acordei, passei pela sala, e me disseram que o Lombardi havia morrido. Como se tratava de uma pessoa muito conhecida (apesar de que grande parte das pessoas nunca viram seu rosto) tratei de ir atrás de informações nos portais de notícias. O célebre locutor do SBT foi encontrado morto por sua esposa quando iria acordá-lo para mais um dia de trabalho. Ele deixa a esposa, um filho e três netos. Todos na emissora estão de luto. O velório está aberto ao público na Câmara Muncipal de Santo André (cidade onde morava) . O encerramento está programado para as 10h desta quinta, horário em que o corpo será sepultado. Silvio Santos, Carlos Massa (Ratinho) , Celso Portiolli, funcionários do SBT, entre outros políticos passaram para dar o último adeus.



Na minha opinião, desde a saída do Gugu, o processo de "descaracterização" do SBT já começou. Lombardi nos deixa aos 69 anos. Será quase que irreconhecível os domingos sem ouvir sua voz nos programas apresentados por Silvio Santos. Quem será que irá substituí-lo nas chamadas da Tele Sena? Eu tenho um palpite. Talvez o locutor padrão da emissora paulista. Mas vai demorar para que nos acostumemos. As vezes fico pensando quando chegar a hora do (apesar de que está ficando gagá) "Homem do Baú". A descaracterização do SBT estará completa. Os domingos não serão mais os mesmos. Cogita-se como sucessor, Celso Portiolli. Realmente ele é um apresentador carismático, divertido, agradável vê-lo apresentar. Mas não chegará aos pés de seu patrão.


No Twitter, famosos lamentam a perda do locutor.

"Lombardi fez história. Seria não apenas mesquinho, mas antijornalístico ignorar a morte de personagem tão particular da TV brasileira." - William Bonner

"O locutor mais famoso do Brasil nos deixou: Lombardi. Minhas sinceras condolências ao Silvio Santos, familiares e amigos!" - Wellington Muniz (Ceará)

"O país inteiro está triste... o Lombardi é mitologico, ele é a voz que, praticamente, todo mundo imita e conhece!" - Rodrigo Scarpa (Vesgo)

"Morreu Lombardi. Perdemos um ícone da TV e Silvio Santos perdeu sua voz." - Maurício Ricardo (Charges.com.br)

"Triste. Perdi um grande amigo. Pessoa digna e de uma extrema bondade. Sempre me ajudou. Vai com Deus AMIGO." - Celso Portiolli

Lombardi deixou um legado de 40 anos como locutor de Silvio Santos. Sem dúvida irá fazer falta.

(Atualizado as 22:35)


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Síndrome da Idiotice Adquirida

Hoje, 1º de dezembro, dia de combate mundial contra a AIDS. Mais do que conscientizar as pessoas sobre prevenção, mas sobre o preconceito também. No Brasil, nao se utiliza a sigla SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, por ter uma sonoridade idêntica a de Cida (redução do nome Aparecida). E não pegaria bem usar um nome tão comum para designar essa doença. Mas aos preconceituosos, que são vários espalhados pelo mundo, eu os diagnostico (mesmo sem o diploma de médico, rs) com a Síndrome da Idiotice Adquirida. SIDA também. Olha aí. Que coincidência, rs.


Acho que uma pessoa portadora do vírus HIV tem as mesmas capacidades e potencialidades de uma pessoa que não tenha. Por sinal, está sendo veiculado nas emissoras de televisão, uma campanha do Ministerio da Saúde com o tema: Viver com AIDS é possível. Com preconceito não. Um casal de jovens se beijam ("calientemente", até diria) durante toda a propaganda enquanto aparecem mensagens como " Ele tem HIV desde 2005", "Ela sabe", "Ele continua com HIV", "Ela sem". Muito bonito. Se eu achasse no YouTube postaria aqui, mas não consegui encontrar.
Para mim, todo preconceito não tem fundamento. Não se contrai o HIV cumprimentando, beijando ou abraçando uma pessoa. E como os preconceituosos são ignorantes por natureza, não devam saber dessa informação, obviamente. Uma pesquisa divulgada hoje pela Fundação Oswaldo Cruz mostra que: 65% dos pacientes com Aids em tratamento consideram sua saúde como boa ou ótima. No entanto, 33% dos pesquisados afirmaram ter tristeza ou depressão em grau intenso ou muito intenso. 47% disseram sentir preocupação ou ansiedade em grau intenso ou muito intenso. As pessoas com Aids também se consideram com melhores condições de saúde do que os pacientes com outras doenças crônicas ou de longa duração: 27% classificam a própria saúde como boa ou ótima.




Isso é bom. Mas para mim (ou para grande maioria) os 33% da pesquisa não me deixaram totalmente satisfeito. Tenho quase a certeza de que um dos fatores para a depressão, preocupação ou ansiedade seja pelo fato da ignorância do preconceito. Uma pessoa aidética sofre até no bolso. Uma piora nas condições financeiras. Que é isso, gente? Quer dizer que para ter um emprego ou ganhar um bom salário não precisa ter AIDS? Faça-me o favor. Ter a doença não diminui ninguém em nada. É por essas e outras (muitas outras) que tenho vergonha da minha espécie. Mas fico feliz em saber que grande parte das pessoas contaminadas pelo HIV possam levar uma qualidade de vida saudável, sem problemas. Que isso sirva de exemplo e motivação para as demais. Espero que esse quadro se reverta mais adiante, na esperança de dias melhores e sem preconceito. Não só contra quem está contaminado, mas qualquer forma de preconceito tem que ser abolida. Também tenho esperança de que um dia teremos a cura para essa doença. Um dia...quem sabe.


Agora, cumprindo o papel social. Faça sexo seguro! Use camisinha! rs
Até a próxima.

Pokérecordação.

Bom, já passa de meia-noite. Tecnicamente, já é um outro dia, rs. Acordei ontem de manhã lembrando do Pokérap. Quem se lembra daquela musiquinha que tocava quando acabava algum episódio de Pokémon que citava (pelo menos nas primeiras temporadas se não me engano) todos os 150 pokémons? Pois é. Achei o vídeo no Youtube e matei um pouco a saudade.



Me lembro como se fosse hoje. Todas as tardes, ficava assistindo ao Cartoon Network, na grade do saudoso Toonami, que até hoje faz falta, a partir das 17:00. Começava com Pokémon, depois ia para Gundam Wing, depois Inuyasha e o tão esperado episódio de Dragon Ball Z que não perdia um só dia, mas isso é outra história. O tempo passou. Eu fui perdendo a vontade de assistir desenhos e animes. E um dos motivos é a extensão de episódios de alguns (chegam até mais de 300!) . Pokémon é um deles. Minha torcida era para que o Ash se tornasse um Mestre Pokémon. Mas enrolaram tanto, mas tanto, criaram uma "porrada" de temporadas, que até hoje não sei se ele realizou seu desejo.

E no meio daquela febre "pokemaníaca" empresas como Guaraná Antarctica e Elma Chips criaram brindes relacionados ao "trunfo" da Nintendo (Pokémon foi um sucesso mesmo. Não tem como negar) . E no antigo colégio em que eu estudava, os meus colegas se divertiam com suas pokébolas que acompanhavam a caçulinha da Antarctica. E eu lá, pedindo uma emprestada a alguém, rs. Só tinha mesmo os cards que vinham nos Fandangos, Cheetos, etc. Jogava com meus amigos. Havia vários jogos para Game Boy Color para jogar. Sempre queria um, mas por questões financeiras, nunca tive. Me contetei com meu Mega Drive. Apesar disso, gosto de me recordar desses momentos. Marcaram mesmo a minha infância. Gostaria de fazer uma viagem de volta. De verdade. Agora, uma dúvida não sai da minha cabeça. Quem souber, por favor, responda, rs.

O Ash se tornou mesmo um Mestre Pokémon?
Até mais. Abraço a todos.