sexta-feira, 12 de março de 2010

Os quadrinhos estão de luto. E a violência, banalizada.

Acordei, fui ao banheiro, me sentei no sofá, fui para o computador, acessei os portais de notícias e para começar muito bem o dia, vejo uma notícia que me deixou chocado.


Glauco, um dos maiores cartunistas do país, foi assassinado covardemente nesta madrugada. Também não perdoaram a vida de seu filho, Raoni, de 25 anos.

Com as últimas informações divulgadas ao decorrer do dia, não foram assaltantes que levaram a vida do cartunista e de seu filho. Foi alguém pior. Uma pessoa fraca. Que não conseguiu controlar seus próprios sentimentos. Se deixou levar pela loucura. Mesmo assim o que aconteceu continua sendo um motivo banal, torpe. Na verdade, ainda há controvérsias sobre o crime. O suspeito é conhecido da família, frequentava a igreja que Glauco foi um dos fundadores, a Céu de Maria. Acredita ser Jesus Cristo. É estudante, tem 24 anos, e está sendo procurado pela polícia até agora. Acho que já está bom. Chega de falar sobre o doente. O fato é que foi uma perda irreparável para o mundo dos quadrinhos. Admirava, e ainda admiro, seu trabalho.



Por volta dos meus 9 anos, eu revirava as revistas do meu pai e entre as edições das revistas de games, MAD, Chiclete com Banana, encontrei a do Geraldão, criado por Glauco. Li todas as que encontrei. Não entendia muita coisa, claro. As histórias são carregadas com uma forte e notável conotação sexual. Me despertou e muito a minha curiosidade na época. Nos livros de colégio, já vi algumas charges feitas por ele. Era um humor muito ácido, inteligente, mostrava a realidade na sua visão.

Laerte, Angeli e Glauco, para mim, os três maiores cartunistas do país. Agora só resta dois. Como disse o editor do Universo HQ, Sydney Gusman: "Glauco Villas Boas deixará uma lacuna que dificilmente será preenchida". Sem dúvidas, ele se imortalizou. Vão com Deus!

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