Mostrando postagens com marcador 2010. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2010. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Nova Temporada - 2010

Para mim, o ano só começa a partir em que as minhas aulas começam também. É uma "nova temporada" que se inicia. Apesar do atraso, o ano letivo de 2010 em meu colégio começou hoje. Ao contrário do ano passado, voltei a estudar de manhã. Tive que mudar completamente minha rotina. Acordei cedo, esperei o tempo passar um pouco assistindo televisão, tomei banho, me arrumei e parti para o novo desafio.

Posso perceber as primeiras mudanças assim que chego na esquina da rua que dá acesso ao colégio. Derrubaram o muro da fachada, parece que vão fazer um estacionamento decente ali. No portão de acesso, foram colocadas rampas. Talvez para facilitar o acesso de cadeirantes, embora nunca tenha visto um por lá. Encontro os amigos, começo a procurar o meu nome nas listas coladas na lousa de cada sala, não acho meu nome, e nem de meus amigos, em nenhuma delas. Apenas uma sala estava sem a lista. Pelo critério de eliminação, a nossa sala era aquela mesmo. Logo depois, uma das coordenadoras fixa a lista com nossos nomes. Meus colegas e amigos de turma são os mesmos de anos anteriores, desta vez sem os alunos baderneiros que prejudicou o rendimento da classe ano passado. Melhor assim. Um ponto!

Começo a dar uma volta pelos corredores do colégio, os alunos são chamados para comparecerem na quadra para uma acolhida. A arquibancada estava lotada, fiquei do lado de fora. É executado o hino nacional e o hino do colégio ao som do violão do professor de música. O diretor toma o microfone e começa a se pronunciar. É apresentado o corpo docente da escola para os alunos, cada professor se pronuncia indicando qual é sua matéria e para quais séries este irá dar aulas. Enquanto eu acompanhava a apresentação, ao meu redor, alguns alunos apreensivos, ansiosos em saber quais seriam seus professores. Houve vibração, houve surpresas, houve raiva, um misto de emoções. Parecia uma final de copa do mundo. Quando é anunciado de que o ensino médio passaria a ter seis aulas duas vezes na semana, com término previsto para 12:20, toda a quadra inicia um coral de vaias. O diretor tenta brincar, mas sem disfarçar sua cara de descontentamento.

- Eu sabia que vocês iriam adorar! - Disse ele

Alguns professores que já tive o prazer de acompanhar as aulas no ano anterior, retornaram neste também. Dois pontos!

Todos retornam para as suas salas. Primeira aula: inglês. O professor é bem legal e interativo. Realiza-se uma dinâmica em sala de aula, meninos X meninas. Vencemos no desempate no jogo da forca. Computer... Conseguimos decifrar a palavra fácil, fácil. Toca a sirene, troca de mestres. A professora de português chega na sala, a grande maioria, inclusive eu, já a conhecemos. A melhor professora de português que eu tive até agora. Ela consegue fazer de suas aulas um momento agradável, fala uma linguagem que compreendemos, sem aquela velha rotina monótona, mas nunca deixando de se aprender alguma coisa.

Soa a sirene mais uma vez. É hora do intervalo. Vou merendar, retorno para sala e converso com o amigo, Lucas, durante o descanso. "Triiimm"!! Todos de volta para seus lugares. Entra a professora de matemática. Ela é temida pelo seu jeito ríspido, assim é o que comentam dela. Foi passada uma rápida revisão com algumas questões para solucionarmos. Pude perceber que ela é bastante atenciosa e também muito cooperativa. De carteira em carteira, ela ajuda os alunos a resolverem os cálculos. Fim de aula. Vamos para casa, amanhã tem mais.

Estou confiante de que essa temporada será melhor do que as anteriores.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Olimpíadas de Inverno: Tem gente que pensa que pode ser realizada uma no Brasil

Só fui tomar conhecimento das Olimpíadas de Inverno a partir de 2008, quando a Record começou a divulgar que era detentora das transmissões de Vancouver 2010 e Londres 2012. Sempre acreditava que essa transmissão não iria dar bons resultados, acabei "quebrando a cara", rs. A transmissão dos jogos deram uma audiência significativa para o Canal 7 de São Paulo, chegando a duplicar e até triplicar a audiência em alguns horários. A Record apostou nas fichas certas. A cobertura não foi das piores e também não foi das melhores, mas foi bom para quem não transmitia as olimpíadas desde 1996 em Atlanta-EUA.

A Globo sempre deteve os direitos de transmissão dos jogos de inverno, era como um "adicional" quando adquiria as Olimpíadas de Verão (que até então só conhecíamos essa), mas com receio da reação do público de um país tropical, onde somente pelas "bandas" do extremo sul neva de vez em quando, ela sempre optou por não transmitir na TV aberta. Se deu mal...

Somente nos canais fechados das Organizações Globo era que se podia acompanhar os jogos, mas sabemos que nem todos tem condições de pagar uma TV por assinatura. No GloboEsporte.com, uma tímida cobertura, dá nem gosto acompanhar. Parabéns à Record, parabéns aos jornalistas, aos técnicos, todos que se empenharam para realizar a transmissão. Estou com expectativas elevadas para os próximos eventos, Pan de Guadalajara 2011 e Olimpíadas de Londres 2012. Vai ser esquisito assistir eventos olímpicos em um canal que há décadas era transmitida por outra, mas ao mesmo tempo será "exótico" acompanhar os jogos deste canal que provou que tem o mínimo de condições para exibir.

Não vou negar, gostei do Bobsled, Hóquei no Gelo, Salto de Esqui, Patinação Artística, muito bonito por sinal e o Curling, que até arriscaria praticar, se aqui nevasse, dã, rs. As modalidades são curiosas e interessantes, mas é justamente neste ponto em que quero chegar.

O curling é a "bocha sobre gelo", em que o objetivo é que a pedra pare dentro de um alvo no final da pista - Fonte: R7.com; Foto: Divulgação/Vancouver2010.com

A Record acha que pelo fato de que parte dos brasileiros se encantaram com os jogos de inverno, podem aderir algumas modalidades ou tornar mania nacional. Esportes assim só poderão ser praticados aqui no Brasil em locais fechados e refrigerados, logicamente. Acho que não vai passar disso, um encanto. Os esportes influenciam muito as crianças e jovens. Eu faço a seguinte comparação: uma criança da periferia e uma criança rica. A criança da periferia assistindo os jogos de inverno pode até, no máximo, despertar curiosidade daquilo, mas praticar aquela modalidade será inviável. Não tem como praticar se não tem gelo. Já a criança rica, assistindo a transmissão, se os pais possuírem de uma excelente condição financeira, pode pedir para viajar para um lugar que tenha gelo, começar a dar os primeiros passos em um esporte de inverno e ,se quiser, quando mais jovem, pode bancar uma moradia neste lugar e se consagrar atleta olímpico, talvez, quem sabe. Lembrando que estas são apenas hipóteses.

Tentar pôr em prática essa ideia no Brasil não vai dar certo. Poucos terão acesso a prática desses esportes. Somos e sempre seremos um país tropical, com predominância do calor em quase todo o ano. Mas tem dias que o calor é forte demais, tá mais do que na hora de cair uma chuvinha, rs.