sábado, 16 de março de 2013

Importância e tolerância


Paixão. Todos nós temos. É uma vocação que carregamos conosco, surgida em alguma fase da nossa vida. Podemos descobrir mais cedo ou mais tarde. Ferramenta útil para fazer esse globo abarrotado de seres interdependentes funcionar. Relação mútua. Existem indivíduos que tem paixão por matemática. Outros, por literatura. Alguns, por ensinar. Dirigir, cozinhar, varrer, música, militar, cuidar, ajudar, proteger, biologia, sociologia, filosofia, história, psicologia, advogar, costurar, escrever, construir, administrar, física, química, política, pessoas. Muitas reticências.

Regra principal é saber dar valor. Por mais que a paixão não seja devidamente reconhecida, o fato de ela já existir é motivo para sentirmo-nos úteis. Aguardando pelo momento certo. Tal como um embrião, que precisa de outro fator para se concretizar. Capacidade. Mostre sua paixão aos outros e de que forma ela pode ser útil aos demais. Não importa qual seja.

Se for limpar as calçadas e ruas da cidade, irá evitar possíveis transtornos pós-chuva. Obrigado! Se for discutir sobre as diversas manifestações literárias e de que modo elas podem influenciar outras gerações, irá ampliar conceitos e novos pontos de vista. Obrigado! Se for especializado em medicina, irá ajudar a prevenir doenças e/ou amenizar algum sofrimento mediante intervenção cirúrgica. Obrigado! Se a vocação é a docência, irá preparar novos cidadãos aplicando-lhes conhecimento necessário para a vida. Obrigado!

Motoristas, psicólogos, cozinheiros, farmacêuticos, jornalistas, vendedores, garçons, engenheiros, advogados, porteiros, técnicos em informática, enfermeiros, costureiros, professores e muitos outros. Obrigado!

Minha paixão não é reconhecida. Tenho ânsia para que o contrário aconteça. Entretanto, compreendo que nem todos a veem da mesma maneira. E é justamente isso que a faz especial, como qualquer uma dessas citadas. E, aliado a essa paixão, tenho mais uma. Permitam-me ser um porta-voz. Apesar da aparente reclusão, comunicar é meu dom. São elas: ônibus e comunicação.

A ânsia surge novamente quando estou diante de um acontecimento inesperado. Alguns exemplos:  Anúncio de novas linhas. Protesto fecha terminal. Novos ônibus começam a circular. Surge uma incontrolável agonia de disseminar a informação. Por vezes, até o celular não é o suficiente. Ligação ocupada, não atendem e outros imprevistos. Um aparelho qualquer com acesso à internet seria útil naquele momento, mas condições adversas não permitem. O jeito é trabalhar a espera.

Paremos para pensar o quão importante é o sistema de transporte. Sem ele não haveria desenvolvimento. Proporciona até mesmo encontros, antes distantes. Alivia as ruas, avenidas e o ar. Os gestores correm atrás de eficiência para conquistar confiança, mas não existe um canal de comunicação de fato estabelecido. Deixe para quem entende do assunto, assim como deixamos outros para várias pessoas que entendem.

Enquanto permanecer despercebido, ganha-se uma virtude. A Paciência. Tentemos exercê-la para o ápice. Válido para todos que possuem uma paixão.

às 03h04min

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